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Eu sou o meio do caminho. . Quando meus filhos estão criando seus relacionamentos eu sou o meio do caminho. Eu sou a pessoa que atravessam para chegar até eles. Se tratam eles bem eu sinto alívio. Se tratam eles mal eu sinto dor. Mas não esquecem que eu sou apenas o meio do caminho. . Sou arrastada pelas ondas do mar do mundo todo mas nunca sou o final ou destino. Sou aquele momento em que a onda se forma e arrasta a água turbulenta mas nunca vejo como é estar ao sol da beira da praia. . Sou lida como inimiga, entreposto, dificuldade, obstáculo. A mãe é que atrapalha o relacionamento do pai que queria tanto participar mais. A mãe é que mal educa e torna a criança impossível de conviver pros amigos. A mãe é que se interpõe entre os avós e os preciosos netos. A mãe é que atrapalha a professora que só queria trabalhar. . Mimo demais e de menos. Faço tanto e nada. Erro em tudo que é possível. E só sou lembrada ao errar - Pois sou apenas o meio do caminho. . Para me agradar presenteiam meus
Eu não sei quais recordações do hoje ficarão registradas na memória de vocês até o futuro. Não sei se vocês vão se lembrar das nossas refeições em família. Das danças no meio da sala ao som da nossas músicas preferidas. Dos beijos seguidos de mordidinhas que eu dou em vocês. Das historinhas lidas na cama. Dos banhos divertidos juntos. Das nossas conversas e brincadeiras. Das nossas obras de arte feitas de massinha ou de pecinhas, sentados no chão do quarto. Do meu colo que se torna abrigo das suas tristezas, das suas frustrações e do seu cansaço. Das gargalhadas cúmplices que compartilhamos até doer a barriga. Dos abraços cheios de perdão depois das tempestades. Das tardes se molhando de mangueira no quintal, dos picolézinhos, das cosquinhas no suvaco. Das nossas idas a pracinha pra brincar na grama e fazer castelinho de areia. Das noites em que ficamos juntinhos, agradecendo pelas coisas boas da nossa vida, vocês aninhados em mim, ganhando carinho no cabelo. Não faço ideia de quantas
Você se lembra de quando era criança e transformava uma caixa de papelão abandonada ou um punhado de areia em castelo? Parecia inevitável: alguém o desmanchava. Você sofria. Mas agora entendemos. Essas coisas que eram tão avassaladoras quando éramos crianças não eram tão importantes, afinal. O nosso mundo não acabava quando os nossos castelos desabavam. Mas aqui estamos, ainda desesperados e ansiosos com os frágeis castelos da nossa idade adulta. Eles também cairão e isso não importará tanto  à luz da eternidade. Mas levamos um tempo para conquistar essa perspectiva. Somos capazes de passar os nossos dias  correndo em círculos,  obcecados com milhares de coisas,  convictos de que cada uma delas  é essencial à nossa felicidade. Ou podemos parar por um momento  e pensar na eternidade. Então vemos como são desimportantes  as milhares de preocupações  que confundem a nossa mente  e preocupam a nossa alma. Como são pequenas! Eu lhe ofereço o silêncio desta noite.  Tome as caixas de papelão
um dia querida mãe, você vai a sorveteria com seu bebê pequeno no colo, afinal você só queria sair de casa, fazer essa aventura, ser quem sabe um dia a lenda urbana da mãe no puerpério que corre no parque com o bebê no carrinho, pode ser um sushi, pode ser uma visita na casa de uma amiga, pode ser ir ao banco. você vai sozinha porque ou é uma mãe solo como 1/2 do brasil ou seu companheirxs voltou a trabalhar, ou porque simplesmente achou que ia dar conta. enfim, por sorte ou por falta de privilégio você vai fucking só tu e esse bebê nessa viagem da europa organizada em 30 minutos que fica a 1km da sua casa. eu, Thainá do futuro, conheço essa história: você vai chegar desejando um sorvete de pistache, um temaki ou apenas conversar com a sua amiga ou o gerente do banco e seu filho vai ter feito o cocô bomba traseira pescoço, aquele da modalidade que sobe até a cabeça que molha o carrinho e a sua roupa de bosta, ou ele vai começar a chorar de uma forma tão forte e estridente que janis jo
  A estranha sensação de voltar ao ninho. Olhar pro infinito particular. Voltar no tempo e no espaço. Revisitar memórias nunca antes lembradas. Deixar o coração pulsar num ritmo involuntário. Medo. Angústia. Tristeza. Vazio. E assim, amorosa e progressivamente, acolher, integrar, contornar, reelaborar. Passou. Te vejo, te reconheço. Sinto muito. Me perdoe. Eu te amo. Sou grata. Seguir adiante, inspirando e expirando no presente. Honrando cada pedaço da história que me compõe. Agradecendo a oportunidade de ter coragem para me despir e reconstruir. Esse não é o fim, é o começo de uma grande história de amor próprio.
Meu filho... Você é um lindo menino e sua cabecinha coberta de cabelos dourados, que hoje fervilha de ideias, já foi careca e bem pequenininha. Lembro que morria de medo de te dar banho e até mesmo de te vestir, com medo de te machucar. Quando acordava nas madrugadas pra te dar mamá eu só conseguia desejar que continuasse crescendo forte, saudável e feliz. E assim foi! Logo no nosso primeiro ano juntos já percebi que você era determinado. Era muito calminho, muito doce, mas quando queria alguma coisa persistia até o fim. Geralmente alguma coisa era o colo da mamãe rs Enquanto fazia esse vídeo e escrevia esse texto passou um filme na minha cabeça. Todas as fases, todos os desafios, mas sobretudo todas as lições que aprendi com você. E lógico que hoje eu quase desitratei de tanto chorar, lembrando de tudo o que passamos.  Você sempre vai crescer mais rápido do que eu consigo absorver. Sei que devia me acostumar com isso, mas todo aniversário seu fico emocionada, sentindo que tudo passa m
Num dia desses começou a chover bem na hora que eu e o Augusto saíamos pelo portão rumo a pracinha. Mesmo assim nós fomos. Era chuva daquelas sem vergonha, aquele chove não molha sabe? Então íamos seguindo, ora com o guarda chuva aberto, ora fechado. Nesses instantes que de fato chovia eu dava o guarda chuva pra ele sem me importar de ficar pra fora. Até que ele me convidou pra ir me proteger com ele. Só que eu tenho muita dor nas costas. Evito ao máximo me abaixar pra qualquer coisa, minha coluna é RUIM ruim tipo o desgoverno do Brasil, mas ele insistiu que era só um pouquinho e eu andei abaixada com ele alguns metros, me sentindo uma gigante, vendo tudo de uma maneira diferente. Com o Caetano eu também acabo experimentando outras perspectivas, quando eu deito ao lado dele pra brincar e interagir. Aí eu fico pensando: caraca, é assim que eles veem o mundo, é assim que eles me veem, de baixo pra cima.  Tudo pra eles é imenso. Eles precisam olhar pra cima pra falar comigo. Olhar alguém